segunda-feira, 3 de abril de 2017

Alimentação e Autismo - Dra. Jackeline Taglieta

Alimentação e Autismo: alguma ligação?

O autismo é uma doença crescente o que demostra que componente genético não é sua única causa e, assim, a influência do ambiente no seu desenvolvimento vem sendo amplamente investigada.

Sabe-se que alterações cerebrais podem ocorrer por atuação de substâncias tóxicas, inflamatórias e alergênicas, levando à quadros de autismo.

A investigação de hipersensibilidades alimentares (alergias tardias), intoxicação por metais pesados (chumbo, cádmio, alumínio...), e alterações intestinais (como disbiose, proliferação de fungos, hipermeabilidade) são o início do tratamento nutricional do paciente autista, o qual precisa ser totalmente individualizado de acordo com a história clínica e individualidade bioquímica do paciente.

Os alimentos alergênicos mais comumente relacionados com quadros de hipersensibilidade alimentar em pacientes autistas são os que contém glúten (trigo, aveia, centeio e cevada, centeio, aveia) e caseína (laticínios), mas outros alimentos também podem estar envolvidos, como ovo, milho, soja, tomate, berinjela, abacate, castanhas e nozes.

Alimentos ricos em aditivos alimentares (corantes, conservantes, aromatizantes, adoçantes) também podem provocar estímulos cerebrais inadequados, e portanto, devem ser minimizados na alimentação do autista; além de outros estimulantes, tais como bebidas e alimentos fontes de cafeína e açúcar.

Outro ponto importante é evitar estados hipo ou hiper glicêmicos  (queda e pico de glicose no sangue, respectivamente). Assim, é imprescindível que a dieta do autista seja balanceada e distribuída a cada 3 horas ao longo do dia, evitando-se doces e alimentos feitos de farinha refinada.

Um alimentação mais natural, rica em frutas, verduras, legumes e sementes, priorizando cereais livres de glúten e minimizando consumo de laticinios, beneficia o paciente autista por dar condições de o organismo eliminar mais facilmente as toxinas cerebrais, manter a glicemia mais estável, favorecer a saúde intestinal e reduzir o estado inflamatório / alergênico, favorecendo, portanto, a normalização das funções cerebrais, a médio e longo prazo.

A alimentação se mostra cada vez mais ser um pilar de suma importância no tratamento do autismo, por melhorar as funções cerebrais e o organismo do paciente como um todo, bem como por otimizar a resposta do mesmo às demais intervenções da abordagem multiprofissional.

Jackeline Taglieta - Nutricionista
www.jackelinetaglieta.com.br // (19) 8176-9492

quinta-feira, 30 de março de 2017

Dica de Filme: "As Aventuras De Sammy"



O filme acompanha a história de Sammy, uma simpática tartaruga marinha que nasce numa praia da Califórnia, em 1959, e atinge a sua maturidade em 2009.  Neste período, além de ficar na expectativa do reencontro com Shelly, a graciosa tartaruga por quem se apaixonou assim que nasceu, ele viaja pelos oceanos do mundo inteiro, numa jornada épica que todas as tartarugas devem realizar antes de retornar à praia onde nasceram.



As Aventuras de Sammy ainda retrata as mudanças que aconteceram ao longo do meio século de viagem de Sammy, como o aquecimento global e suas consequências e os principais problemas que a interferência do homem causa ao planeta.

terça-feira, 28 de março de 2017

Dica de Leitura: "Chapeuzinho Amarelo"

Sinopse: Trata das aventuras de uma menina que tinha medo de tudo.  Sabendo que havia um lobo no outro lado da montanha, decide sair em busca de uma resposta para suas dúvidas e receios e também para satisfazer a sua curiosidade. Essa mocinha sofre de um mal terrível: sente medo do medo.  Enfrentando o Desconhecido (o Lobo), ela supera seus temores e inseguranças, encontrando a alegria de viver.




Este livro faz parte da Iniciativa Itaú: Leia Para Uma Criança.


domingo, 26 de março de 2017

Aeroporto / Aeroclube de Piracicaba

O Comendador Pedro Morganti mandou construir o Aeroporto em terras do Bairro Monte Alegre, o principal motivo era a intensa relação de carinho com o bairro e por idealizar o crescimento cultural e industrial deste. Porém, o Comendador não viu seu sonho realizado, faleceu antes da inauguração, no dia 18 de abril de 1942. O nome do aeroporto foi exatamente para homenagear o seu fundador, Pedro Morganti, assim como um doas aviões, de propriedade de João Bottene, foi batizado com o nome de “Comendador Morganti”.



O aeroporto possui pista asfaltada de 1.200 metros de comprimento por 30 metros de largura, para pousos e decolagens de aeronaves de pequeno a médio porte, pátio de 40x60m, com seis hangares, um alojamento, salas de aula e simulador de vôo.



Conta com sistema de balizamento noturno e farol rotativo que garante seu funcionamento 24 horas por dia.
No aeroporto existem serviços de instruções e treinamentos, vôos panorâmicos e fretamento de aviões para os interessados, diariamente. Sua capacidade permite um transito de aeronaves até médio porte. Opera vôos fretados e abriga escolas de paraquedismo e escola de formação de pilotos.



Para ver o mapa de localização, clique AQUI

sábado, 25 de março de 2017

Hora de Brincar: Mini Cidade

Convidado Especial: Márcio Martins Melo

"Meu  filho,  Gustavo  de  5  anos,  adora  brincar  com  seus  carrinhos.  Resolvi  portanto construir  uma mini  cidade  para  ele  se  divertir,  contudo  não  tinha  o material  necessário para  realizar a atividade. Foi então que, no sábado, chegou a cama auxiliar da Luísa, 3 anos. Após montá-la,  vi  aquele  enorme  papelão  que  sobrara  do  embrulho  da  cama.  É isso!



Peguei o papelão, coloquei-o no chão da sala, peguei giz de cera, canetinha hidrocor e régua. Chamei o Gustavo e  começamos a desenhar. Eu  comecei  traçando as  ruas. Na sequência, me  lembrei de um  tubo de papel  toalha que  tinha guardado exatamente para fazer um túnel.




Depois, começamos a "construir" os locais da cidade, zoológico, parque, estação de trem, posto de gasolina e outros. O hospital e o museu foram feitos com as caixas do chocolate Bis. Os prédios do nosso condomínio foram feitos com caixas de suco e de leite.





Após  2  hora  de  trabalho,    a mini  cidade  ficou  pronta. Tanto  o Gustavo  quanto  à  Luísa brincaram bastante com ela.
"


quinta-feira, 23 de março de 2017

A vida é bela - com nossos filhos



1 - Não dê lição nem sermão. Explique. Pratique.

2 - Se quiser que ele fale com você, escute-o.

3 - Deixe os avós o mimarem. É bom demais!

4 - Conte ao seu filho uma história em que ele é o herói.

5 - Aja com os outros como você gostaria que ele agisse.

6 - Ajude-o a dominar uma atividade qualquer - violão, quadrinhos ou caratê.

7 - Diga "Eu te amo" mais vezes. Não apenas quando ele vai para a escola.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Dica de Brincadeira: Carimbo de Mão

Carimbo de mão é uma brincadeira que agrega diversão e expressões artísticas.


É muito fácil brincar. Basta reunir todo mundo que irá brincar e dar para cada um, duas cores de tinta guache não-tóxica, uma para cada mão. Então as crianças devem passar tinta em suas mãos para usá-las como carimbos. Para estimular as crianças, você também pode desafiá-las a desenharem imagens usando as mãos abertas. É importante certificar-se de que as crianças irão carimbar suas mãos em uma área delimitada como cartolinas, tecidos e outros materiais que podem ser descartados.



Essa brincadeira faz parte do Baú de Diversões da Nestle.

domingo, 19 de março de 2017

Estante das Crianças: A Corujinha Branca

Mais uma indicação de livro vindo diretamente da Biblioteca Municipal: encontramos esse livro em uma das estantes com sugestões de leitura na entrada da Biblioteca Infantil.




 O livro conta a história de uma coruja branca, que vivia sozinha. Quando sai para conhecer o mundo, ela encontra várias corujas coloridas, e se encanta pelas cores de suas penas. Mas ela não é bem recebida no grupo...


Até que ela começa a contar histórias de aventuras vividas por ela, e ganha a confiança e admiração do grupo:



O livro chama a atenção por suas imagens lindas: páginas coloridas, traços vibrantes, detalhes encantadores. Mas a história tem uma lição muito importante, ensina sobre amizade, compreensão, tolerância, diversidade...


Recomendamos muito!!!

quarta-feira, 15 de março de 2017

Dica de Leitura: Marcelo, Marmelo, Martelo

Marcelo, Marmelo, Martelo e Outras Histórias, de Ruth Rocha
e ilustrações de Adalberto Cornavaca, (Editora Salamandra)



O livro tem três histórias: Marcelo, Marmelo, Martelo, Teresinha e Gabriela e Os Donos da Bola. Nelas, os leitores conhecem crianças que se deparam com reveses comuns no universo infantil, como a dificuldade de diálogo entre adultos e crianças. Os desenhos expressam a vivacidade e inocência que envolvem estas lições.

Veja um trecho do livro abaixo:


segunda-feira, 6 de março de 2017

Ordem Em Família I - Autoridade

“- Se eu ordenasse que um general voasse de flor em flor como uma borboleta, ou que escrevesse uma peça de teatro, ou que se tornasse uma gaivota, e se o general não executasse a ordem que recebeu, qual de nós estaria errado? – O rei perguntou – O general ou eu?
- Você – respondeu o pequeno príncipe, com firmeza.
- Exatamete. Só se deve exigir o que as pessoas podem cumprir.  – O rei continuou – A autoridade que é aceita apoia-se, antes de tudo, na razão. Se você ordenasse a seu povo que se jogasse no mar, eles se levantariam em revolução. Eu tenho direito de exigir obediência porque minhas ordens são razoáveis.”
– Antoine de Saint Exupéry, em O Pequeno Príncipe.


Celma Perry, uma brasileira que é fundadora do Seton Montessori Institute, em Chicago, conta que certa vez estava em um consultório médico esperando ser chamada e que na sala de espera estavam um homem adulto e sua filha. A menina era aluna de Celma. A criança não parava, corria pela sala, subia nas cadeiras, fazia barulho. Celma, sabiamente, só observava, o pai estava presente e não era papel dela interferir, mas aos poucos a professora percebeu que o homem estava ficando nervoso, e que mais hora menos hora, alguém ia explodir, e alguém ia cair na choradeira.

Quando o pai estava a ponto de dar uma bronca na menina, Celma apontando para o tapete cheio de bolinhas azuis, começou a contá-las: uma, duas, três, quatro... E a menina então parou, olhou para o tapete, reparou nas bolinhas, e contou-as, por muito tempo. Celma relaxou, e o pai também, agradecendo à professora da filha pela ajuda.

A autoridade Montessori só é exercida em forma de bronca, em volume alto, em último caso. Se a criança está correndo risco físico ou fazendo com que mais alguém corra, ou se está prejudicando o ambiente de alguma maneira, vale tudo. O ideal é conseguir parar a criança sem a bronca, mas se a ela for necessária, melhor isso do que um ferimento. A pergunta que sempre fica é: E depois que parar, eu ensino onde ela errou?

Bom, não. Depois que parar, ensinamos o jeito certo, e não onde estava o erro. Ensinar o erro é reforçá-lo, é marcá-lo mais profundamente na mente da criança, é fazê-la aprender o errado, ainda que seja para não fazê-lo. Pais e mães não querem filhos inativos, apáticos, imóveis. O que desejam é que seus filhos sejam positivamente ativos, acertadamente animados, que se movimentem gentilmente no ambiente. Assim, não adianta dizer “Pare!”, “Não faça isso!”, “Não toque aí!”. Adianta, antes, parar a criança no momento de risco, se ele existir, e então explicar: “Quando você quiser pegar algo de vidro e for muito grande e pesado, peça ajuda. Se couber nas suas mãos, pegue com as duas mãos e devagar, assim...” ou “Em sofás a gente coloca o pé sem sapatos. O tecido é macio, coloque a mão aqui... Viu? Tire os sapatos e pode subir” ou, ainda sobre o sofá, “Cuidado, o sofá é fofo, está sentindo? O chão é duro. Caminhar no chão é melhor do que no sofá, no sofá você pode deitar e sentar de várias maneiras”.

É claro que eu sei que perdemos a calma de vez em quando. Acontece, e não há porque nos culparmos muito quanto a isso. Somos todos humanos. Pedir desculpas é bom, mas só se a falha foi grave. Não peça desculpas por qualquer bronca, afinal, pedir desculpas é reforçar o erro, e às vezes a criança nem lembra mais. Vale a pena se esforçar, isso sim, por mudar o comportamento da próxima vez.

Ordens devem ser dadas sempre como ordens, mas nunca sem gentileza. A criança ainda não tem pressupostos nem subentendidos, e precisa que tudo lhe seja colocado muito claramente para que compreenda. Quando algum comportamente for importante, seja claro: “Quando entrarmos no museu, fale baixo”, ou “Na casa da sua tia, não pegue nos copos de cristal, ela não gosta”, ou ainda “Vá tomar banho, temos que estar prontos logo para sair”. Tenha em mente que Só se deve exigir das pessoas o que elas pessoas podem cumprir e não peça para seu filho tomar banho em cinco minutos se ele invariavelmente demora quinze. Caso essa rapidez seja necessária, seja ainda mais claro: “Entre no banho, deixe cair só um pouco de água no seu corpo, passe rápido o sabão e o shampoo, enxague-se, lave bem as axilas e a genitália e seque-se rápido também, combinado?” (em Montessori aconselhamos a ciência sempre, e utilizamos os nomes científicos reais para todas as partes do corpo: pênis, vagina, ânus. No entanto, caso prefira, não há nenhum problema em se utilizar apelidos carinhosos em geral).

Ordens e favores são duas coisas diferentes. A criança pode escolher não fazer favores, mas não pode escolher não cumprir uma ordem. Por isso, a sua fala precisa deixar muito claro quando um favor é pedido e quando uma ordem é colocada – lembre-se, seja sempre, sempre, sempre gentil. Um favor pode ser colocado como: “Querido, você pode pegar os meus óculos na mesa, por favor?”, e uma ordem precisa ser colocada como “Querido, suba, pegue sua mochila e vamos para a escola”. No entanto, tenha em mente: embora pedir favores, quando são necessários, não seja errado, é sempre muito bom expressar a sua independência e mostrar que você pode pegar seus óculos, para que a criança aprenda que pode fazer as coisas dela sozinha, também.

Mães e pais com autoridade nunca são mães e pais autoritários. Repare que a autoridade existe quando a criança compreende o aduto. Autoritarismo existe quando o filho teme os pais. Aja sempre de forma razoável e procure educar pelo exemplo. Se você pedir silêncio, mas falar alto, se você pedir ordem, mas for bagunceiro, se pedir que seu filho leia, mas só assistir TV, esqueça, não há como ser obedecido. Mas se souber mostrar como se age certo, as chances são de que mandar quase não seja necessário!


Texto de Gabriel Salomão
Publicado no blog Lar Montessori