quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Os Melhores De 2011: Beatriz - Mãe da Cabeça Aos Pés



Abra seu próprio negócio

Pedalar na ergométrica, cozinhar algo diferente, comprar o que está faltando, pagar umas contas, fazer as unhas, dar atenção para o filho, contar uma historinha para ele antes de dormir, namorar o marido, tomar um banho demorado, levar a dieta a sério... Difícil explicar quando a gente não consegue fazer tudo que quer fazer, mesmo sabendo que é totalmente compreensível essa falha. Para dizer claramente, nem é falha. É normal. É ser uma mulher nos dias de hoje, mãe, esposa, dona de casa e... profissional. Entre outras personagens que cabem no nossa calçada da fama, que de glamour não tem nada!
Mas que mania temos de justificar essa falsa "falha", esse traço recorrente da nossa rotina, quase impossível de se excluir. Uma mania besta, mas necessária para nossa autoestima ficar ali no lugar dela. É como dizer para ela: "Fique aí quientinha, não se meta nesse assunto, está tudo certo". Acho que não. Acho que justificando cada passo que damos acabamos fazendo algo parecido com o que a funcionária que sempre chega atrasada faz quando chega mais uma vez atrasada, descabelada, e dá de cara com a chefe arrumadíssima, pontual, poderosa e feliz... "Ai, senhora Autoestima, meu filho está doente e eu estou sem babá...". Chega de desculpas querida funcionária!
Aliás, peça demissão e abra sua própria empresa, focando no seu talento mais verdadeiro. Lá, faça suas regras prevalecerem e não permita que ninguém, nem você mesma acabe com você por causa de uma tarefa mal feita ou inacabada no prazo correto. Contrate a autoestima para gerenciar aquilo que não der conta e pague-a bem para isso, deixando bem claro qual é o lugar dela. Saia mais cedo para ter tempo para você mesma... E não justifique isso para quem quer que seja!!!
Se estiver pensando "puxa, preciso ganhar bem para isso", pense "preciso disso para ganhar bem". Pelo menos, quando sua chefe ou funcionária é sua própria autoestima, seus afazeres são compromissos dentro e fora de casa, e a empresa na qual você trabalha é sua vida, acho que é preciso mesmo comprar essa tal empresa e passar a valorizar a qualidade do que se vive, se faz e se sente frente ao dinheiro que pode vir. Até porque o capital mais importante, nesse caso, é a felicidade, e essa, minhas caras, é a moeda que está sempre em alta. Para fazê-la render, melhor arriscar na bolsa de valores do que mantê-la em poupança que, entra ano e sai ano, continua te deixando com a sensação de que você não acumulou nada! Arriscar-se aqui é tentar ser a dona do próprio negócio e não deixar especuladores cheretarem o que você faz ou não para ele ir adiante. Medo a gente sempre tem. Mas vai dizer que tomar conta de si mesma sem dar satisfação a ninguém (incluindo você) não é o sonho de qualquer mulher... Vale tentar um dia.

É impossível não lucrar. Porque o mercado para mulheres bem resolvidas, práticas e felizes é o mais valorizado do mundo. Pelo menos, para nós mulheres!



(Publicado originalmente no Mãe da Cabeça aos Pés em 14 de outubro de 2011)

Um comentário:

Beatriz Zogaib disse...

Obrigada pelo espaço Pira!
Boa leitura a todas.
Grande abraço
Beatriz