"Quanto mais contato físico, quanto mais “à disposição” eu me colocava, quanto mais eu lhe dava atenção, menos minha filha queria saber de mim, ou seja, mais independente ela se tornava. Quanto mais eu mimava ela (no bom sentido), menos mimada (no mau sentido) ela ficava. E isso era exatamente o oposto do que eu costumava ouvir e até mesmo do que eu acreditava. Será que dormir junto era mesmo tão prejudicial? Será que dar tanto carinho, ficar tanto tempo junto com a criança, atendê-la prontamente quando ela necessitava poderia mesmo lhe fazer mal?"
"(...) Não sei e não quero saber. Que se danem a ciência, as evidências! Minha motivação não veio da moda, não veio da evidências científicas, não veio de teorias. Nem de celebridades e autoridades. Fiz tudo o que fiz por mim. Sim: POR MIM! POR EGOISMO! POR PRAZER PURO E SIMPLES!!! (...) Sinto-me privilegiada por tê-los no meio da minha cama até eles adormecerem. Sinto-me a mais importante das criaturas quando eles andam pelo corredor, de manhã cedo, com seus travesseiros, procurando pelo meu calor! Sinto-me inteira quando acolho as dores dos meus filhos e os envolvo com meus braços. Sinto-me poderosa por colocar minha filhona no colo para deixá-la chorar, dormir, sorrir... Sinto-me bicho por ter sido capaz de ouvir e entender o que meu instinto de mãe dizia. Sinto-me gente quando percebo que o olhar dos meus filhos encontram no meu segurança, afeto e amor!"
"(...) eu creio que essa criação com apego é o melhor para a Beatriz. Vivemos hoje em um mundo que falta carinho e calor humano, cheio de relações superficiais, e que abraçar um filho é só em datas especiais. Não quero que isso aconteça com a minha filha, quero que ela goste de abraçar e seja abraçada, e que mesmo com seus 30 anos meu colo sempre esteja aqui para acolhê-la!"
"Hoje as minhas crianças estão crescendo e vejo que esse espaço emocional meu, dedicado a eles foi super importante! Na verdade ainda é, eles precisam da minha atenção sempre, mesmo trabalhando me esforço para torna nossa convivência saudável, crio espaços de troca, procuro ficar conectada a eles."
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