terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O Primeiro Sorriso de Jesus

Enquanto José e Maria estavam a caminho de Nazaré para Belém, o arcanjo Gabriel desceu em segredo, mais uma vez do céu a fim de ver se tudo estava pronto no estábulo.

Gabriel queria conseguir que o vento não soprasse com muita força pelos vãos do telhado, e sobretudo que as nuvens do céu, de tão comovidas, não derramassem suas lágrimas em cima do Menino. Era preciso também recomendar à Luz da lanterna para brilhar muito suavemente, e não lançar raios fulgurantes como a Estrela de Natal.

O arcanjo enxotou todos os bichinhos que encontrou no estábulo: formiguinhas, aranhas e camundongos. Imaginem só, se a jovem Mãe levasse um susto por causa do ratinho!

Só podiam ficar ali, o burro, e o boi. Por fim, Gabriel colocou em volta do estábulo, nas vigas do telhado, um bando de anjinhos daqueles bem pequeninos, eles tinham de ficar ali, quietinhos, fazendo guarda para dar sinal, assim que algum perigo viesse ameaçar o Menino pequeno.

Vendo tudo pronto, o poderoso arcanjo abriu as asas e levantou vôo.

Mas nem tudo estava em ordem...pois no chão, escondida na palha, tinha ficado um pulguinha dormindo! Foi o único bichinho que escapou do anjo. O que não é de espantar, pois um arcanjo sabe lá o que é uma pulga?

Quando aconteceu o nascimento, os anjinhos do telhado não podiam mais de contentes! Começaram a voar à roda da manjedoura como revoada de pombinhos. Alguns espalhavam um delicioso perfume, em volta de Jesus, outros afofavam a palha para que nenhum pedacinho mais puro pudesse machucar o Menino.

Toda essa atividade acabou por acordar a pulga escondida na palha. Ao ver aquele movimento a seu redor, ficou assustadíssima, pois já sabia o que ia acontecer: com certeza, ai ser perseguida, apanhada!

A pulguinha deu a volta da manjedoura, procurando um jeito de escapar. E, desesperada, escondeu-se na orelinha do Menino.

— Perdoe-me, disse ela, quase sem fôlego; mas não tenho outro meio de me esconder! Se me encontrarem, vão matar-me! Vou tratar de fugir, mas peço que você me dê tempo de eu achar um jeito...

Olhou para todos os lados, e logo fez seu plano.

— Escute bem, disse ela então, não se mexa, que eu vou juntar toda minha força para tomar impulso. Vou saltar para a cabeça do José ; dali, pulo, para a janela, e de lá para a porta.

— Pode pular, disse baixinho o Menino. Eu não me mexo...

E a pulga deu um salto. Mas, para tomar impulso, teve de encolher-se toda, dobrando as perninhas debaixo da barriguinha e assim, sem querer, fez cócegas no Menino...

Maria chamou José e disse: — Olhe, o Menino está sorrindo!


Fonte: (Adaptação do livro: Nasceu o Menino Deus de Charles Waggerl)
 
 
 
 
O Pira For Kids deseja a todos um Feliz Natal!

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