Alegria de vó era ver os netinhos gordinhos, e orgulho de mãe era um bebê rechonchudo, como sinal de criança saudável. Mas os tempos mudaram, e cada vez mais está evidente que o excesso de peso na infância deve ser encarado como um problema sério de saúde.
E vale lembrar que, além de comprometer seriamente a saúde física da criança, o excesso de peso pode trazer sequelas no nível emocional que perduram por longos anos, devido a chacotas e discriminação por parte dos coleguinhas, que enfraquecem sua auto-estima.
Se você é mãe, avó, tia ou cuidador de alguma criança com sobrepeso, acompanhe esse post até o final, informe-se e tome as medidas que forem necessárias para ajudá-la a ter uma vida leve e saudável como toda criança deveria ter.
Segundo as estatísticas (dados da Pesquisa sobre Orçamentos Familiares 2008-2009,, realizada em parceria do IBGE com o Ministério da Saúde), o excesso de peso na população infantil cresce assustadoramente. Comparando-se os dados de 1974-75 com os de 2008-09, na faixa etária de 10 a 19 anos, o excesso de peso aumentou de 3,7% para 21,7% entre meninos, e de 7,6% para 19% entre meninas. Na faixa etária de 5 e 9 anos, as mudanças foram ainda maiores: 34,8% dos meninos e 32% das meninas estavam com sobrepeso. A observar, a prevalência, em ambas as faixas etárias é maior nas zonas urbanas.
A maior causa desse grave cenário, obviamente, é o hábito de vida atual das crianças, que combina drástica redução no gasto energetico (visto a maioria das brincadeiras hoje ser em frente ao computador, video game ou televisão) e alto consumo de produtos alimentícios carregados de calorias, carboidratos refinados e gorduras trans, e pobres em nutrientes importantes para o adequado funcionamento do metabolismo humano.
O impacto do excesso de peso na saúde física das crianças deve-se especialmente ao acúmulo de gordura na região abdominal, a qual tem relação direta com alterações metabólicas, como dislipidemias (desequilíbrio nos níveis de colesterol total, LD, HDL, triglicérides), resistência à insulina e aumento na pressão arterial. Todos esses, são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, a médio e longo prazo. O conjunto dessas alterações é conhecida como síndrome metabólica, a qual aumenta a mortalidade geral em 1,5 vezes, e a mortalidade por doença cardiovascular em 2,5 vezes.
Ainda não é consenso o diagnóstico de síndrome metabólica entre crianças, mas cabe aos pais, educadores e profissionais de saúde que as acompanham atentarem-se aos fatores de risco para a patologia e implementarem medidas que favoreçam um estilo de vida mais saudável e preventivo.
Mudanças que não podem esperar:
* Limitar o consumo de refrigerantes a somente nos finais de semana (iniciando sábado e domingo, e passando somente a 1 vez por semana).
* Negociar as guloseimas. Proibições não são bem-vindas na infância. Mas é importante que balas, chocolates, sorvetes, biscoitos recheados e salgadinhos sejam minimizados (na alimentação de qualquer criança, independente do peso).
* Definir os horários das refeições (5 a 6 por dia) e evitar os “beliscos” entre elas.
* Comer à mesa (e não em frente ao computador ou televisão). Estar mais atento ao que se come, e à mastigação, reduz a quantidade de comida ingerida.
* No almoço e no jantar, servir verduras e legumes.
* Oferecer frutas de 2 a 3 vezes ao dia, nos horários estipulados das refeições.
* Iniciar prática regular de atividade fisica. Antigamente, as criancas praticavam atividade fisica naturalmente nas brincadeiras de rua. Atualmente, devido a inúmeros fatores sociais, elas ficam mais dentro de casa, e então é preciso assimilar a noção de que criança dos tempos de hoje precisa ter o horário programado para a prática de exercicios e atividades lúdicas fisicamente ativas.
Criança gordinha, muitas vezes, não é sinal de saúde. Tenha essa consciência e busque orientação e parceria com um pediatra e um Nutricionista de confiança.
E vale lembrar que, além de comprometer seriamente a saúde física da criança, o excesso de peso pode trazer sequelas no nível emocional que perduram por longos anos, devido a chacotas e discriminação por parte dos coleguinhas, que enfraquecem sua auto-estima.
Se você é mãe, avó, tia ou cuidador de alguma criança com sobrepeso, acompanhe esse post até o final, informe-se e tome as medidas que forem necessárias para ajudá-la a ter uma vida leve e saudável como toda criança deveria ter.
Segundo as estatísticas (dados da Pesquisa sobre Orçamentos Familiares 2008-2009,, realizada em parceria do IBGE com o Ministério da Saúde), o excesso de peso na população infantil cresce assustadoramente. Comparando-se os dados de 1974-75 com os de 2008-09, na faixa etária de 10 a 19 anos, o excesso de peso aumentou de 3,7% para 21,7% entre meninos, e de 7,6% para 19% entre meninas. Na faixa etária de 5 e 9 anos, as mudanças foram ainda maiores: 34,8% dos meninos e 32% das meninas estavam com sobrepeso. A observar, a prevalência, em ambas as faixas etárias é maior nas zonas urbanas.
A maior causa desse grave cenário, obviamente, é o hábito de vida atual das crianças, que combina drástica redução no gasto energetico (visto a maioria das brincadeiras hoje ser em frente ao computador, video game ou televisão) e alto consumo de produtos alimentícios carregados de calorias, carboidratos refinados e gorduras trans, e pobres em nutrientes importantes para o adequado funcionamento do metabolismo humano.
O impacto do excesso de peso na saúde física das crianças deve-se especialmente ao acúmulo de gordura na região abdominal, a qual tem relação direta com alterações metabólicas, como dislipidemias (desequilíbrio nos níveis de colesterol total, LD, HDL, triglicérides), resistência à insulina e aumento na pressão arterial. Todos esses, são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, a médio e longo prazo. O conjunto dessas alterações é conhecida como síndrome metabólica, a qual aumenta a mortalidade geral em 1,5 vezes, e a mortalidade por doença cardiovascular em 2,5 vezes.
Ainda não é consenso o diagnóstico de síndrome metabólica entre crianças, mas cabe aos pais, educadores e profissionais de saúde que as acompanham atentarem-se aos fatores de risco para a patologia e implementarem medidas que favoreçam um estilo de vida mais saudável e preventivo.
Mudanças que não podem esperar:
* Limitar o consumo de refrigerantes a somente nos finais de semana (iniciando sábado e domingo, e passando somente a 1 vez por semana).
* Negociar as guloseimas. Proibições não são bem-vindas na infância. Mas é importante que balas, chocolates, sorvetes, biscoitos recheados e salgadinhos sejam minimizados (na alimentação de qualquer criança, independente do peso).
* Definir os horários das refeições (5 a 6 por dia) e evitar os “beliscos” entre elas.
* Comer à mesa (e não em frente ao computador ou televisão). Estar mais atento ao que se come, e à mastigação, reduz a quantidade de comida ingerida.
* No almoço e no jantar, servir verduras e legumes.
* Oferecer frutas de 2 a 3 vezes ao dia, nos horários estipulados das refeições.
* Iniciar prática regular de atividade fisica. Antigamente, as criancas praticavam atividade fisica naturalmente nas brincadeiras de rua. Atualmente, devido a inúmeros fatores sociais, elas ficam mais dentro de casa, e então é preciso assimilar a noção de que criança dos tempos de hoje precisa ter o horário programado para a prática de exercicios e atividades lúdicas fisicamente ativas.
Criança gordinha, muitas vezes, não é sinal de saúde. Tenha essa consciência e busque orientação e parceria com um pediatra e um Nutricionista de confiança.
Jackeline Taglieta
Nutricionista
Nutricionista
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