quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Os Melhores De 2011: Roberta - Piscar de Olhos


Com 3 anos tudo melhora. Mesmo.

Comunidade, a festa foi um arraso.
Já está virando uma chatice isso de eu começar o post agradecendo aos comentários, mas dessa vez vocês salvaram minha vida, minha pele, minha reputação!
Abri todos os links, amei todos os pitacos e copiei várias idéias. Quer dizer, tive que me limitar àquelas idéias executáveis pela turma do básico 1, nível a qual pertenço.
Eu vou contar tudo da festa, falar do modus operandi e postar várias fotos, só preciso de algum tempo pra me organizar.
De tudo, ficou a certeza que vou continuar persistindo nos caminhos do ”Faça você mesma”, ainda que a natureza tenha me cerceado os talentos e me presenteado com duas mãos esquerdas.
***
Gente, pessoas, meu filho tem 3 anos! Três ponto zero, três!
Eu escrevi um post loooongo de aniversário, mas achei que o texto ficou tão babão, tão meloso, tão “meu filho é perfeito e a culpa nem é minha” que resolvi não publicar o tal do texto de aniversário, poupando-as, assim, de minha corujice crônica.
Mas sabe o que é?  Eu ando apaixonada, mega envolvida, e super em lua-de-mel com a maternidade.
Não que eu já não amasse ser mãe: vide blog, vide vídeos, vide tudo. Mas, cumadis, ser mãe de uma criança de 3 anos é OUTRA coisa. Colegas: é to-do um outro conceito de maternagem.
Sabe quando te dizem que aos 3 anos tudo fica bem mais fácil e você já não acredita (porque já te enrolaram aos 3, aos 6, aos 12, aos 18 e aos 24 meses)?
Pois eu tenho boas notícias, senta aqui.
Crianças de 3 anos são seres fisio e psicologicamente capazes de:
- Dormir bem;
- Comer bem;
- Ir ao banheiro fazer xixi sem que você nem tome conhecimento (mas se for cocô você vai ser chamada, querida, that’s your job);
- Não fazer birra, nem dar piti (pelo menos não na proporção vista na versão 2.0).
- Voluntariamente exclamar frases de impacto & responsa, tais como “você é minha vida” e “vai mais devagar com a bicicleta, mamãe.”
- Desenvolver um olhar quase podre de tão maduro, acompanhado do gesto de “ajeitar a franja”. Um exemplo: você (a mãe) está chorando. Ele se aproxima e diz “tá tudo bem, mamãe, tá tudo bem”, enquanto ajeita sua franja. Você leu direito: E-LE A-JEI-TA-A-SU-A-FRAN-JA. E todo mundo sabe que ajeitar a franja de pessoa chorosa é linguagem corporal de seres elevados e iniciados nos caminhos da compreensão, maturidade e empatia.
- Também já são capazes de se aprofundar nos mares da auto-análise. Exemplificando: ele está chato, percebe que está chato e  pergunta “Mamãe, eu tô chato porque eu tô com sono, né?”. Chama-se auto-conhecimento.
Eu sempre notei uma diferença intrigante entre a calma e a desenvoltura de uma mãe de criança mais velha, quando comparada à uma mãe de criança mais nova. Pode perceber. Seria pelo fato de que a mãe de criança mais velha dorme, não gasta dinheiro em fralda e tem a franja ajeitadinha pelo filho? Ou seria pelo fato de que o filho, outrora imaturo e serelepe, é agora sábio, maduro e centrado, feito o Mestre dos Magos?



baixinho, sábio e maduro: meu filho é o mestre dos magos
***
Claro que não é sempre assim, o rapaz também tem seus momentos de rasgador de dinheiro e comedor de moedas. Mas eu estou realmente impressionada e orgulhosa com o nosso trabalho até aqui. Nosso, meu e do pai. Uma sensação ímpar, de estar finalmente colhendo os frutos do que plantamos.
E é esse que começa a ser o diferencial quando os filhos vão crescendo. As culpas, dúvidas, questionamentos, vão sendo substituídos pela incrível certeza de que alguma coisa muito certa você anda fazendo.
Sabe quando o bolo fica uma delícia, apesar de você não ter seguido à risca a receita?


oi, eu sou um bolo sem receita
Claro que questionar é sempre bom e procurar novos caminhos é louvável. Mas sinceramente? Imperfeições são essenciais.  E na maternidade elas tomam forma de parto, amamentação, creche, escola, alimentação e tantas outras escolhas que fazemos.
O filho da gente, ele é um somatório de genética, acertos e erros.
E se você me perguntasse se eu voltaria atrás de qualquer erro cometido ou qualquer escolha que eu tenha feito, eu te responderia:
Depende. Se eu voltar atrás e fizer tudo certo, corro o risco de mudar o resultado final?
Porque se existe o mínimo risco de mudar um fio de cabelo sequer, então a minha resposta é não. Nunca. Jamais.


somados erros e acertos, o resultado foi esse



(Publicado originalmente no Piscar de Olhos em 1 de novembro de 2011)

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