As crianças precisam vivenciar experiências para se preparar para a vida adulta
A começar por mim, a maioria das mães que conheço são superprotetoras. Tenho que fazer um esforço imenso e intenso para não dar vida a esta característica que parece tão inerente a mim. Mas por que tanto esforço? Porque sei que a superproteção desprotege. Muitas vezes ao tentar ajudar um filho, ainda que com a melhor das boas intenções, acabamos por atrapalhá-lo. Poupá-lo das responsabilidades e dificuldades da vida não me parece uma boa saída.
Vejamos alguns exemplos muito comuns na relação entre pais e filhos. E observe, isso traz consequências.
A criança pequena tenta subir no sofá. O esforço é tamanho que os pais se adiantam e a colocam sobre ele. Imediatamente ela desce e recomeça a tentar. Para nós, nem parece um desafio. Mas para ela é, e há inúmeras habilidades e competências que esta aparente pequena ação desenvolve.
A criança vai à escola e leva uma mochila. Em geral, nem faz ideia do que há dentro dela, pois os pais a poupam de tal responsabilidade. Sim, ela é pequena ainda, mas que tal arrumar a mochila juntos? Afinal, como saber cuidar das próprias coisas se ela nem sabe o que tem?
A criança traz a lição de casa, mas está cansada ou não sabe fazer. A mãe realiza em seu lugar. Como construir o conhecimento e a autonomia no lugar do outro? Impossível.
A criança brinca pela casa espalhando todos os brinquedos. A babá vem atrás arrumando tudo. Como compreender que as coisas precisam ser organizadas se aparentemente elas se auto-organizam?
A criança briga com o colega, os pais tomam as dores e vão resolver a situação. Como aprender a resolver problemas se ela nunca os resolve?
A criança não quer almoçar. Preocupada com a desnutrição, a mãe cede e lhe dá o que ela quer. Como saber lidar com a frustração se não a vivencia?
Sim, tendemos a poupar os filhos de sofrer, de se frustrar, de ter esforços e dificuldades na vida. Mas com isso impedimos muitos desenvolvimentos presentes e futuros.
Uma das maiores reclamações do mercado de trabalho é que os jovens chegam bem preparados, com conhecimentos, habilidades e competências desenvolvidas, mas emocionalmente muito fragilizados. Não sabem ser contestados, nem resolver problemas, nem enfrentar adversidades. São desorganizados, só fazem o que querem, dão ordens e ficam facilmente mal humorados quando impedidos os seus desejos. Acredite: isso começou na infância.
Uma dica? Não subestime o seu filho. Ele é bem mais capaz do que você pode imaginar. Contenha-se. Os processos precisam ser vividos por ele. Não assuma o seu lugar. Use o bom senso e possibilite experiências para ele crescer. Afinal, só aprendemos a fazer fazendo. E insisto: os desenvolvimentos de hoje servirão também para o seu filho de amanhã. Poupá-lo será sinônimo de fragilizá-lo. O que você vai preferir?
Vejamos alguns exemplos muito comuns na relação entre pais e filhos. E observe, isso traz consequências.
A criança pequena tenta subir no sofá. O esforço é tamanho que os pais se adiantam e a colocam sobre ele. Imediatamente ela desce e recomeça a tentar. Para nós, nem parece um desafio. Mas para ela é, e há inúmeras habilidades e competências que esta aparente pequena ação desenvolve.
A criança vai à escola e leva uma mochila. Em geral, nem faz ideia do que há dentro dela, pois os pais a poupam de tal responsabilidade. Sim, ela é pequena ainda, mas que tal arrumar a mochila juntos? Afinal, como saber cuidar das próprias coisas se ela nem sabe o que tem?
A criança traz a lição de casa, mas está cansada ou não sabe fazer. A mãe realiza em seu lugar. Como construir o conhecimento e a autonomia no lugar do outro? Impossível.
A criança brinca pela casa espalhando todos os brinquedos. A babá vem atrás arrumando tudo. Como compreender que as coisas precisam ser organizadas se aparentemente elas se auto-organizam?
A criança briga com o colega, os pais tomam as dores e vão resolver a situação. Como aprender a resolver problemas se ela nunca os resolve?
A criança não quer almoçar. Preocupada com a desnutrição, a mãe cede e lhe dá o que ela quer. Como saber lidar com a frustração se não a vivencia?
Sim, tendemos a poupar os filhos de sofrer, de se frustrar, de ter esforços e dificuldades na vida. Mas com isso impedimos muitos desenvolvimentos presentes e futuros.
Uma das maiores reclamações do mercado de trabalho é que os jovens chegam bem preparados, com conhecimentos, habilidades e competências desenvolvidas, mas emocionalmente muito fragilizados. Não sabem ser contestados, nem resolver problemas, nem enfrentar adversidades. São desorganizados, só fazem o que querem, dão ordens e ficam facilmente mal humorados quando impedidos os seus desejos. Acredite: isso começou na infância.
Uma dica? Não subestime o seu filho. Ele é bem mais capaz do que você pode imaginar. Contenha-se. Os processos precisam ser vividos por ele. Não assuma o seu lugar. Use o bom senso e possibilite experiências para ele crescer. Afinal, só aprendemos a fazer fazendo. E insisto: os desenvolvimentos de hoje servirão também para o seu filho de amanhã. Poupá-lo será sinônimo de fragilizá-lo. O que você vai preferir?
(Fonte: Revista Pais E Filhos)
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