Alimentação e Autismo: alguma ligação?
O autismo é uma doença crescente o que demostra que componente genético não é sua única causa e, assim, a influência do ambiente no seu desenvolvimento vem sendo amplamente investigada.
Sabe-se que alterações cerebrais podem ocorrer por atuação de substâncias tóxicas, inflamatórias e alergênicas, levando à quadros de autismo.
A investigação de hipersensibilidades alimentares (alergias tardias), intoxicação por metais pesados (chumbo, cádmio, alumínio...), e alterações intestinais (como disbiose, proliferação de fungos, hipermeabilidade) são o início do tratamento nutricional do paciente autista, o qual precisa ser totalmente individualizado de acordo com a história clínica e individualidade bioquímica do paciente.
Os alimentos alergênicos mais comumente relacionados com quadros de hipersensibilidade alimentar em pacientes autistas são os que contém glúten (trigo, aveia, centeio e cevada, centeio, aveia) e caseína (laticínios), mas outros alimentos também podem estar envolvidos, como ovo, milho, soja, tomate, berinjela, abacate, castanhas e nozes.
Alimentos ricos em aditivos alimentares (corantes, conservantes, aromatizantes, adoçantes) também podem provocar estímulos cerebrais inadequados, e portanto, devem ser minimizados na alimentação do autista; além de outros estimulantes, tais como bebidas e alimentos fontes de cafeína e açúcar.
Outro ponto importante é evitar estados hipo ou hiper glicêmicos (queda e pico de glicose no sangue, respectivamente). Assim, é imprescindível que a dieta do autista seja balanceada e distribuída a cada 3 horas ao longo do dia, evitando-se doces e alimentos feitos de farinha refinada.
Um alimentação mais natural, rica em frutas, verduras, legumes e sementes, priorizando cereais livres de glúten e minimizando consumo de laticinios, beneficia o paciente autista por dar condições de o organismo eliminar mais facilmente as toxinas cerebrais, manter a glicemia mais estável, favorecer a saúde intestinal e reduzir o estado inflamatório / alergênico, favorecendo, portanto, a normalização das funções cerebrais, a médio e longo prazo.
A alimentação se mostra cada vez mais ser um pilar de suma importância no tratamento do autismo, por melhorar as funções cerebrais e o organismo do paciente como um todo, bem como por otimizar a resposta do mesmo às demais intervenções da abordagem multiprofissional.
Jackeline Taglieta - Nutricionista
www.jackelinetaglieta.com.br // (19) 8176-9492
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